Dia desses, no
Twitter, Antero Greco chamou a atenção para uma coisa que eu nunca tinha
percebido: a banalização da palavra reforço no futebol. E ele tem razão. Na
busca de sinônimos para não parecer repetitivo, o jornalista esportivo (e eu me
incluo nesse time) iguala contratações a reforços. Mas é importante advertir:
uma contratação não é necessariamente um reforço. Quer um exemplo? O Palmeiras.
Desde o início
da temporada, Paulo Nobre e José Carlos Brunoro contrataram 11 jogadores: os
zagueiros Lúcio e Victorino (foto; crédito: Cesar Greco - Agência Palmeiras), os laterais William Matheus e Paulo Henrique, os
volantes França, Josimar e Bruninho, os meias Bruno César e Marquinhos Gabriel
e os atacantes Diogo e Rodolfo. Mas você já parou para pensar sobre quais deles
realmente reforçaram o elenco alviverde?
Reforço é uma
peça que se junta a outra (s) para torná-la (s) mais forte. Dos nome
supracitados, só Lúcio e Bruno César são titulares. Marquinhos Gabriel e Diogo
(quando não está machucado) são boas opções. William Matheus, França, Josimar e
Rodolfo não passam de coadjuvantes - eles não seriam protagonistas nem em times
menores que o Palestra! Paulo Henrique e Bruninho o torcedor sequer sabe quem
são. E Victorino é a grande piada: não entra em campo desde setembro de 2012 e,
machucado de novo, não tem data para estrear.
Não precisa
ser um gênio - na verdade, nem precisa ser inteligente - para perceber que a
política de contratação do Palmeiras precisa ser revista. Quando onze é, na
verdade, igual a quatro, alguma coisa está errada. E é preciso questionar: Quem
recomendou a contratação de Victorino? Quem achou que Josimar, reserva do
Internacional, seria uma boa para o centenário alviverde?
A boa campanha
na primeira fase do Paulistão ajudou a mascarar falhas na montagem do elenco
para 2014. Mas a desclassificação nas semifinais do estadual, a dificuldade
para passar pelo frágil Vilhena na primeira fase da Copa do Brasil e a vitória
suada - e com uma senhora ajuda da arbitragem - sobre o Criciúma na estreia do
Brasileirão mostraram que o centenário pode ser mais longo e tenso do que a
torcida esperava.
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