segunda-feira, 21 de abril de 2014

Contratatação é contratação; reforço é reforço



Dia desses, no Twitter, Antero Greco chamou a atenção para uma coisa que eu nunca tinha percebido: a banalização da palavra reforço no futebol. E ele tem razão. Na busca de sinônimos para não parecer repetitivo, o jornalista esportivo (e eu me incluo nesse time) iguala contratações a reforços. Mas é importante advertir: uma contratação não é necessariamente um reforço. Quer um exemplo? O Palmeiras.

Desde o início da temporada, Paulo Nobre e José Carlos Brunoro contrataram 11 jogadores: os zagueiros Lúcio e Victorino (foto; crédito: Cesar Greco - Agência Palmeiras), os laterais William Matheus e Paulo Henrique, os volantes França, Josimar e Bruninho, os meias Bruno César e Marquinhos Gabriel e os atacantes Diogo e Rodolfo. Mas você já parou para pensar sobre quais deles realmente reforçaram o elenco alviverde?

Reforço é uma peça que se junta a outra (s) para torná-la (s) mais forte. Dos nome supracitados, só Lúcio e Bruno César são titulares. Marquinhos Gabriel e Diogo (quando não está machucado) são boas opções. William Matheus, França, Josimar e Rodolfo não passam de coadjuvantes - eles não seriam protagonistas nem em times menores que o Palestra! Paulo Henrique e Bruninho o torcedor sequer sabe quem são. E Victorino é a grande piada: não entra em campo desde setembro de 2012 e, machucado de novo, não tem data para estrear.

Não precisa ser um gênio - na verdade, nem precisa ser inteligente - para perceber que a política de contratação do Palmeiras precisa ser revista. Quando onze é, na verdade, igual a quatro, alguma coisa está errada. E é preciso questionar: Quem recomendou a contratação de Victorino? Quem achou que Josimar, reserva do Internacional, seria uma boa para o centenário alviverde?

A boa campanha na primeira fase do Paulistão ajudou a mascarar falhas na montagem do elenco para 2014. Mas a desclassificação nas semifinais do estadual, a dificuldade para passar pelo frágil Vilhena na primeira fase da Copa do Brasil e a vitória suada - e com uma senhora ajuda da arbitragem - sobre o Criciúma na estreia do Brasileirão mostraram que o centenário pode ser mais longo e tenso do que a torcida esperava.

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